30 de junho de 2009

VENEZUELA, MÉXICO E ESPANHA SÃO OS VENCEDORES DO CINESUL 2009

dDia 28 de junho no Centro Cultural Correios terminou a 16ª edição do Cinesul - Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo.

Foram 74 filmes em competição entre curtas e longas-metragens e 150 distribuídos em 10 mostras paralelas. Algumas delas como Cinesul Animado, Brasil Real, Cinesul Ambiental e Foco Espanha também estiveram em espaços alternativos de exibição.

Curiosamente, tanto o longa- documentário quanto o curta vencedores trouxeram histórias muito pessoais de suas realizadoras, que impressionaram os jurados.

Agadecemos aos diretores pela participação e principalmente ao público!

A seguir, os premiados:



Júri oficial

Melhor Ficção

POSTALES DE LENINGRADO –Dir.: MARIANA RONDÓN

Menção honrosa:

AOS HESPANHOIS CONPHINANTES – Dir.: ANGELLO SGANZERLA

Melhor Documentário

INTIMIDADES DE SHAKESPEARE E VICTOR HUGO – Dir.: YULENE OLAIZOLA

Menção honrosa:

DUAS ALDEIAS, UMA CAMINHADA – Dir.: ARIEL ORTEGA, GERMANO BEÑITES e JORGE MORINICO

Videosul (curtas e médias-metragens)

Melhor documentário

LA MADRE QUE LOS PARIÓ – Dir.: Inma Jiménez Neira

Melhor ficção

ROMA – Dir.: Elisa Miller

Menção honrosa

CUNARO – Dir.: Alexandra Henao

Júri Popular

Melhor Longa Documentário

CIDADÃO BOILESEN – Dir.: CHAIM LITEWSKI

Melhor Longa Ficção

SIMPLES MORTAIS – Dir.: MAURO GIUNTINI

VideoSul

Ficção

DELITO – Dir.: Luiza Trigo

Documentário

LA MADRE QUE LOS PARIÓ – Dir.: Inma Jiménez Neira

26 de junho de 2009

O PRIMEIRO LONGA NUNCA SE ESQUECE. AINDA MAIS SE PREMIADO ...

Mauro Giuntini, um simpático diretor brasiliense veio ao Rio para exibir seu filme “Simples Mortais”.
Começou como a maioria dos diretores realizando curtas-metragens. Na década de 90, Mauro produziu e realizou filmes experimentais, filmou comerciais e documentários para TV. Dentre os curtas premiados estão: “O perfumado” (2002) e “O jardineiro do tempo” (2001) e “Por longos dias” (1998), que aborda a questão dos sem-terra.
“Simples mortais” (2007) é sua estréia em longa-metragem e as terras cariocas lhe trouxeram sorte, pois ganhou o Prêmio de melhor longa de ficção na categoria Júri Popular.

ÂNGELO SGANZERLA É UM DOS DESTAQUES DA COMPETITIVA DO CINESUL

Irmão mais novo do cineasta Rogério Sganzerla, Ângelo trouxe para o Cinesul sua mais recente produção: “Aos Hespanhóis Conphinantes”. Dirigido e roteirizado por ele, o filme é baseado na obra de Othon D´Eça e conta um pouco da história de Santa Catarina. Uma expedição feita pelo então governador catarinense, Gustavo Konder, em 1929 para resolver problemas na fronteira com a Argentina.
Este projeto chegou nas suas mãos após um longo recesso sem filmar. Segundo ele, não queria mais saber de cinema!
O longa é preto e branco e filmado quase todo num estúdio. Além disso, traz uma estética dos filmes mudos com algumas cenas aceleradas dando mais fidelidade a esta história que aconteceu na década de 20. Ângelo faz uma ponto no filme e também filmou as fotos originais desta expedição, segundo ele deu trabalho convencer a herdeira deste álbum de retratos emprestar o material para as filmagens. Durante esta aventura western, percebemos que os atores são muito parecidos com os verdadeiros personagens desta façanha.
Numa conversa informal no escritório da Pulsar, Ângelo revela que o cinema é realmente um vício e não se larga facilmente e que o grande responsável por isso foi seu irmão Rogério. “Meu pai dizia que não queria me ver acompanhando meu irmão nas filmagens. Eu respondia que realmente não estava metido com o cinema. Mentira, é claro! Numa das viagens do Rogério, minha mala já estava no carro.” – nos disse.
Nesta edição do Cinesul “Aos Hespanhóis Conphinantes” ganhou uma Menção Especial do Júri Oficial.

24 de junho de 2009

O CINESUL NA BAIXADA FLUMINENSE E NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

O Cinesul está conquistando novos “territórios”, assim como naquele jogo War, lembram? E nesta conquista, não poderíamos deixar de agradecer aos nossos animadíssimos animadores brasileiros, que tanto produzem, e aos documentaristas que participam da Mostra Brasil Real!

Fincamos a nossa bandeirinha no Centro Cultural Jornalista Tim Lopes, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. De acordo com Cristiane Moresi, produtora cultural que trabalha neste espaço, as sessões do Cinesul Animado estão sendo um sucesso! As animações foram exibidas na sexta e sábado, dias 19 e 20 de junho, com repetição nos dias 27 e 28.
Para avançarmos rumo ao interior, tivemos a ajuda da equipe do Ponto Cine, que nos levou até Rio Bonito, Magé, Aperibé, Carmo, Rio das Flores, Cachoeira de Macacu e Sumidouro. Este último pólo de exibição, pasmem, foi uma antiga senzala!
As mostras escolhidas para estes locais foram: o Cinesul Animado e os Programas 2 e 3 da mostra Brasil Real. Os documentários que estão sendo exibidos são: O Areal, Pedra Polida, Tarabatara, Movimento, Muito Além da Esquina e Vida de Balcão.

Nesta edição apenas 2 mostras paralelas foram levadas, um total de 22 filmes. Para o ano que vem, esperamos dobrar o número de filmes exibidos.
No próximo post... Ângelo Sganzerla. Este sobrenome lhes é familiar, não?

20 de junho de 2009

UM ARGENTINO QUE ADOTOU O BRASIL

Este ano o Cinesul homenagea Carlos Hugo Christensen, diretor argentino que morou no Brasil em torno de 40 anos.
Além do Brasil, ele percorreu também vários países da América Latina realizando co-produções, muito antes de falarmos em Mercosul.
Christensen começou sua carreira em 1939 como assistente de direção de Fernando Mujica e no início da década de 40 a sua carreira tomou grande impulso, pois o cinema argentino era um dos mais importantes da América Latina, além do país ter um teatro e literatura efervescentes.
Nesta edição, o Cinesul trouxe para seu público parte da sua filmografia produzida na Argentina, pouco conhecida por aqui, que está sendo exibida na Cinemateca do MaM e as produções brasileiras, exibidas no CCBB.

Seu primeiro filme no Brasil foi Mãos Sangrentas com Arturo de Córdoba e Tônia Carrero. Em 1956 montou com Cavalheiro Lima a empresa cinematográfica EMECE.
Além de histórias dramáticas, Christensen filmou no interior do Mato Grosso "Caingangue, a pontaria do diabo, um western brasileiro produzido por Roberto Farias.
Seu último filme foi "Casa de Açúcar", baseado no conto "A fúria" da escritora argentina Silvina Ocampo. Foi a primeira fita brasileira-argentina concebida nos marcos dos vínculos do Mercosul. Falado em espanhol e português e todo rodado no Rio de Janeiro em seis semanas. O elenco conta com a participação de Gracindo Jr., Du Moscovis e a estréia de Marcelo Anthony no cinema.

7 de junho de 2009

Amigos do Cinesul

No próximo mês daremos início a mais uma edição do festival.

Apesar da crise, falta de grana, arrancando os cabelos para mantermos a qualidade do evento com um orçamento tão reduzido, ficamos muito orgulhosos de ver quase 700 inscrições.

Confesso que às vezes me dava uma vontade louca de sair correndo em ver tanto DVD chegar na minha mesa, pois sou eu, a Claudia Durán, quem cadastra todos vocês e tenta, na medida do possível, atualizar este blog.

Além do grande número de inscrições, descobrimos que o festival tem amigos, é quase uma família. E quero agradecer a solidariedade de todos os que nos ajudam a fazer mais uma edição, pois sem a boa vontade e voluntariado deles, tudo ficaria muito mais complicado.

Bem, vamos ao que interessa: cinema!

Como membro do MST (O Movimento dos Sem TELA ), este festival adoraria exibir Tuuuuuuuudo que recebe, afinal, uma das atribuições de um festival é dar tela a quem não tem ! Por conta disso, nossa comissão de seleção penou!

Estes bravos amigos tiveram que reduzir 680 filmes (em torno disso) para cerca de 250 filmes (já incluindo as mostras paralelas).

Dá gosto de ver o ritmo de produção da galera. Na categoria curta-ficção os brasileiros chegam todos os anos como uma avalanche: 238 inscritos (incluindo co-produções), em segundo lugar a Espanha com 77 produções, Argentina com 26 e a presença modesta do Chile, Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Equador, Peru e Uruguai.

Quanto aos curta-documentários, o Brasil liderou com 125 filmes, seguido da Espanha com 25.

Desde que comecei a fazer este trabalho “enlouquecedor” de cadastramento, tenho reparado o seguinte: as questões relacionadas à América Latina despertam o interesse de quem você menos espera. Na montanha de dvds com a qual sempre me deparo no início do ano surge uma produção alemã, inglesa. Particularmente, acho isso curioso.

Bem, no próximo post vocês vão descobrir que a rivalidade Brasil X Argentina é só no futebol !