Cinesul 2008 terá 80 filmes em competição e 160 em mostras paralelas
O FESTIVAL ACONTECE EM CINCO LOCAIS ESPALHADOS PELA CIDADE, TODOS COM ENTRADA FRANCA E DISTRIBUIÇÃO DE SENHAS.
O Rio se transforma na capital do cinema a partir de 16 de junho com a abertura da 15ª edição do Cinesul - Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo que segue até o dia 29. Serão 80 filmes em competição e cerca de 160 exibidos em mostras paralelas. Produções recentes de países como Argentina, Espanha, Brasil, Portugal, México, Venezuela, Chile, Cuba, entre outros de língua latina ganham exibição em cinco pontos da cidade (Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural Correios, Casa França-Brasil, Cinemateca do MAM e Ponto Cine, em Guadalupe) e em todos os lugares a entrada será franca com distribuição de senhas com meia-hora de antecedência. O festival conta com o patrocínio da Petrobras e do Banco do Brasil.
Em competição estarão 80 filmes, entre longas-metragens de ficção e de documentário e trabalhos de média e curta-metragem na categoria Videosul. Nas mostras paralelas destacam-se “Brasil Real” (documentários em curta, média e longa-metragem), “Foco Espanha” (trabalhos do País Basco, das Ilhas Canárias ), “Bossas Musicais”(filmes sobre música ou músicos), “Bolívia em transe” (produções que retratam os acontecimentos dos últimos anos pré e atual governo de Evo Morales), “Palcos e Telas” (filmes sobre cineastas e teatrólogos), Cinesul Animado (curtas de animação para o público infantil, juvenil e adulto), além de produções das escolas de cinema de Madri, de Cuba (Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de los Baños) e Buenos Aires (ENERC - Escuela Nacional de Experimentación y Realización Cinematográfica) e CCC do México(Centro de Capacitación Cinematográfica).
Na competitiva de longas de ficção, o Brasil aparece com dois concorrentes, seguido de um filme de cada país: Argentina; Espanha; Venezuela; Chile; Colômbia; e co-produções Espanha/Argentina; da Bélgica/Espanha e México/França/Espanha. Na categoria documentário, Brasil, Argentina e México têm dois competidores cada, seguidos de um longa-metragem da Bolívia; da Espanha, e das co-produções Chile/França/Bélgica e Cuba/Argentina/Grã Bretanha. Na categoria Curtas e Médias serão apresentados 42 trabalhos de ficção, sendo 18 do Brasil; 9 da Espanha, quatro da Argentina; quatro do México, dois do Chile, dois da Venezuela, um do Equador, um do Peru e um de Portugal. Na categoria documentário, 18 curtas e médias-metragens vêm dos seguintes países: dez do Brasil; dois de Portugal; um da Venezuela; um da Nicaraguá; um da Espanha; um da Colômbia; um da Argentina e um de co-produção Cuba/Suíça.
- A comissão de seleção teve muito trabalho este ano, não só por conta do maior número de produções, como também pela qualidade dos trabalhos inscritos. Foram decisões difíceis de tomar. Tenho certeza de que o público vai apreciar muito a programação deste ano – destaca Leonardo Gavina, organizador do festival.
O evento tem como objetivo principal consolidar um espaço de exibição, difusão e premiação da produção audiovisual de ficção e documental realizada em países ibero-americanos, além de apresentar programas específicos de cinematografias pouco divulgadas e homenagear cineastas consagrados. O Cinesul reúne também personalidades ligadas à atividade cinematográfica, promovendo encontros, seminários e oficinas; além de possibilitar o intercâmbio entre produtores, distribuidores e exibidores, e aproximar os criadores de seu público.
Homenageados
A cada edição do Cinesul, atores ou cineastas são homenageados pela importância de suas obras dentro da filmografia ibero-americana. Este ano, o festival presta tributo a dois dos mais representativos cineastas sul-americanos da segunda metade do século XX e pouco conhecidos das gerações mais novas: o argentino Leopoldo Torre-Nilson e o brasileiro Olney São Paulo. Torre-Nilson foi diretor de, entre outros, “Boquitas Pintadas”, “La Casa del Ángel” e “Martín Fierro”. Já Olney São Paulo dirigiu “O Grito da Terra”, “Manhã Cinzenta”, “O Pinto vem aí”, entre outros. O Festival relembra suas carreiras no ano do 30º aniversário da morte de ambos os diretores, que tiveram a carreira marcada por agressões sofridas pelos regimes autoritários em seus países. Os dois ganham mostras com seus principais trabalhos e uma exposição de fotos na Cinemateca do MAM.
Eventos Paralelos
Dentro da programação do Festival, haverá dois eventos paralelos. No dia 23, às 14h30m, acontece na Cinemateca do MAM, o encontro “A Música e a Imagem no Cinema”, reunindo dois consagrados compositores David Tygel e José Luis Castiñeira de Dios que explicam a como se dá o processo de criação da trilha sonora de um filme. Além de integrante do grupo vocal “Boca Livre”, o brasileiro Tygel já compôs trilhas sonoras para o teatro e o cinema, tendo conquistado quatro Kikitos em Gramado pelas músicas de “O homem da capa preta”, “Doida demais”, “Quem matou Pixote” e “For all, trampolim para a vitória”. Já o argentino Castiñeira é diretor de “Manuel de Falla”, seu primeiro filme e que abre o festival, e compositor com quatro décadas atuando na composição de trilhas para cinema. Ele já conquistou o prêmio César, em 1985, por “Tango, el exílio de Gardel”, e o prêmio Condor, concedido pela Asociación de Cronistas de La Argentina, em 2006. A entrada é franca.
Também na Cinemateca do MAM, entre 24 e 28 de junho, haverá o I Seminário e Fórum de Documentário Latino-Americano que homenageia os 40 anos dos festivais de Viña del Mar, em 67, e de Mérida, em 68, marcos do nascimento do novo cinema latino-americano. O encontro contará com mesas-redondas, exibição de filmes e redação da carta do Rio de Janeiro de Documentaristas Latino-Americanos. Estarão presentes documentaristas de toda a América Latina que participam de debates sobre a produção do gênero no continente e, entre os brasileiros, já estão confirmados nomes como Eduardo Coutinho, Wladimir Carvalho, João Batista de Andrade, Evaldo Mocarzel, Silvio Tendler, Silvio Da Rin, Erik Rocha, Orlando Senna, entre outros.
A lista dos filmes em competição:
longas de ficção: O Grão - Brasil, 2007, Petrus Cariry; El Niño de Barro - Espanha / Argentina, 2007, Jorge Algora; El Payaso y el Fuhrer - Espanha, 2006, Eduard Cortés; Meu Nome é Dindi - Brasil,2008, Bruno Safadi; Terapias Alternativas - Argentina, 2007, Rodolfo Durán; Buscando a Miguel - Colômbia, 2007, Juan Fischer; La Clase - Venezuela, 2007, José Antonio Varela; Fiesta Patria - Chile, 2006 Luis R. Vera; ¿Quién Mató a la Llamita Blanca? - Bolívia/Espanha, 2006, Rodrigo Bellot; Partes Usadas - México/França/Espanha, 2007, Aarón Fernández Lesur;
longas de documentário: Bajo Juarez - México, 2006, Alejandra Sánchez Orozco e José Antonio Cordero; Calle Santa Fe Chile/França/Bélgica, 2007, Carmen Castillo; Anabazys - Brasil, 2007, Paloma Rocha e Joel Pizzini; ¿Que Pasa Después de la Coca? - Bolívia, 2007, Roberto Lanza e Juan Carlos Gomez Millo; Abaixando a Máquina - Brasil, 2007, Guillermo Planel e Renato de Paula; Niño Fidencio, de Roma a Espinazo - México, 2008, Juan Farré; La Crisis Causó 2 Nuevas Muertes - Argentina, 2006 Patrício Escobar; Cielo Abierto - Argentina, 2007, Carlos Ruiz; Proxima Estación - España, 2007 Estela Ilárraz, ¿Quién soy yo? Los Niños Encontrados en Argentina - Cuba/Argentina/Grã Bretanha, 2007, Estela Bravo
curta e médias – documentário: Argentina: Felices Fiestas
Juan Barney , 2006;
Brasil: Loucos de Futebol Halder Gomes, 2007; Hermeto Pascoal – Ato de Criação Marilia Alvim, 2008; Elke Julia Rezende, 2007; Réquiem Felipe Duque, 2007 Hiato ?
Vladimir Seixas, 2008; Brincantes Visionários Elinaldo Rodrigues, 2007; A Maldita
Tetê Mattos, 2007; Busólogos Cristina G. Müller, 2007; Faltam 05 minutos Luiz Alberto Cassol, 2007; Waldick, Sempre no meu Coração Patrícia Pillar, 2008;
Colômbia: Recuerdos de um Músico Ciego Galina Likosova e Hernán H Restrepo, 2007;
Espanha: El Lobo De Los Cuentos Daniel Lavella, 2007;
Nicarágua: Managua Nicaragua is a Beautiful Town Florence Jaugey, 2007;
Portugal : & etc Claudia Clemente, 2007; Os Sons Também Falal Luís Margalhau, 2007; Cuba/Suiça: Las Camas Solas Sandra Gomez, 2006;
Venezuela: A los pies del Canaima Ana Cristina Henríquez, 2007
curtas e médias – ficção: Argentina: Tierra Roja Fernando Alcalde, 2007; Un Mantel Escocés Agu Grego, 2006; Ay! Latinoamérica Ricardo Piterbarg, 2007; Garganta de las almas Hernan Marino e Diego Mendizabal, 2006; Brasil: O Pescador de Sonhos Igor Pitta Simões, 2006 ; Saliva Esmir Filho, 2007; Espalhadas pelo Ar Vera Egito, 2007; Entre Cores e Navalhas Catarina Accioly e Iberê Carvalho, 2007; Recomeço Andrés Bukowinski, 2007; Moradores do 304 Leonardo Cata Preta, 2007; Vida Maria Márcio Ramos, 2006; Tá Felipe Sholl, 2007; O Micarias Stefano Capuzzi Lapietra, 2008; Verão Luiz Gustavo Cruz, 2007; Dez Centavos Cesar Fernando de Oliveira, 2007; O Paradoxo da Espera do Ônibus Christian Caselli, 2007; Até o Sol Raiá Fernando Jorge e Leandro Amorim, 2007; Eu sou Assim – Wilson Batista Luiz Guimarães de Castro, 2007; Esconde-Esconde Alvaro Furloni, 2007; Crônicas de um Fato Comum Cavi Borges, 2007; Noite de Cinzas Larissa Vereza, 2007; Diga Alô Paulo Tiago dos Santos, 2008
Chile:Te Quiero Ver Muerta Cristian Saldía Ramírez, 2007; Val Paraiso Pablo Alibaud H., 2007
Equador: Ultima Función Jorge Douglas Toledo, 2006;
Espanha: Aprop Aitor Echeverria, 2007; Nitbus Juanjo Giménez Peña, 2007; Conciencias Diego Lopez Cotillo, 2007; Atención al Cliente Marcos Valín e David Alonso, 2006; El Pan Nuestro Aitor Merino, 2007; Espagueti Western Sami Natsheh, 2007; A Golpe de Tacón Amanda Castro, 2007; El Espejo Lili Cabrera e Valerio Veneras, 2006; La Leyenda del Hombre Lento Armando del Rio, 2006
México: Fin de Trayecto Acán Coen, 2007; Sopa de Pescado Nuria Ibáñez, 2007;
Cosita Linda Fernando Fidel Urdapilleta Jimenez, 2007; Una Receta Roja para Cocinar Crustáceos Eun-bee Ihm, 2006;
Peru: El Viaje Cady Abarca, 2006;
Portugal: Procura-se ... Amigo Vitor Moreira, 2007;
Venezuela: Titiriwe – El Canto de la Noche Viveca Baiz, 2007; El Reformador Hector Puche, 2007
A história do Cinesul
O Cinesul - Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo foi criado, em 1994, no Rio de Janeiro como uma mostra de cinema e vídeo dos países do Mercosul, a partir de iniciativa do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, tendo ampliado seus alcance já em sua terceira edição. Ao longo desses anos, cresceu e se estabeleceu definitivamente como uma vitrine da produção cinematográfica latino-americana. Desde a edição de 2006 passou a aceitar nas mostras competitivas trabalhos da Península Ibérica e este ano, trabalhos em todos os suportes. O Cinesul é fruto do trabalho da Pulsar Artes e Produção, empresa fundada pela pesquisadora e professora Ângela José do Nascimento e agora dirigida pelo produtor e pesquisador Leonardo Gavina.
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