Como uma das produtoras do Festivel Cinesul, sempre dá aquela pontinha de tristeza de não ter a oportunidade de promover um grande encontro com muitos realizadores que participam do evento, alguns deles já se tornaram figurinhas conhecidas.
Hoje, um dos diretores pediu que lessem para o público a carta que ele enviou se desculpando pela ausência. Infelizmente, só li esta mensagem, depois que o filme tinha sido exibido.
Pra atenuar a situação, abaixo eu posto a carta carinhosa de um dos nossos participantes, Carlos Segundo.
Carta à organização e ao público
Seguindo os passos de Drummond, seguimos. De Itabira ao Rio de Janeiro. E hoje, dia 14/ 06/ 2012, em sua segunda sessão pública, o filme ‘‘No fundo nem tudo é memória’’ preenche a tela da sala escura do CCBB, dentro do festival Cinesul, no coração da cidade maravilhosa.
O momento não poderia ser mais propício, sua exibição acontece em meio ao calor da discussão sobre sustentabilidade e meio ambiente, em meio à Rio + 20. Mas não se assustem. Esse não é um filme com imagens impactantes e viscerais. Esse documentário não é denunciativo ou
declaradamente ativista.
Ele vem falar de algo menos urgencial e palpável, mas não menos importante. Ele fala de vida ao percorrer a memória. Memórias que constantemente se renovam e que por vezes se misturam. Memórias que foram submersas pela água e pelo tempo. Um filme que fala antes de tudo de reinvenções e de encontro. Encontro entre a câmera, os personagens, a lamparina e o público.
Peço desculpa a todos pela minha ausência e espero que esse pequeno texto cubra pelo menos um pouco da minha tristeza de não estar presente na sessão. Amaior virtude do cinema também é, em certa medida, seu ponto fraco, a criatura e sua total independência em relação ao criador.
Obrigado a toda equipe
que me ajudou na conclusão desse trabalho
Obrigado a organização do festival Cinesul
E muito obrigado a cada um, que agora se ajeita
nas cadeiras vermelhas do CCBB.
Tenham todos uma ótima sessão.
Carlos Segundo
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